A tecnologia na saúde é um conceito amplo que engloba diversas ferramentas, descobertas, pesquisas e métodos, além de ser essencial para o avanço da medicina e desenvolvimento dos profissionais de saúde.
Um estudo sobre avaliações tecnológicas na saúde afirma que a tecnologia na saúde contempla qualquer intervenção tecnológica que é utilizada para promover a saúde, seja um novo dispositivo eletrônico, aplicativo, sistema ou novas técnicas e descobertas.
Ou seja, a tecnologia inclui não somente aquelas que interagem diretamente com o paciente, como medicamentos, dispositivos vestíveis (smartwatches) e procedimentos médicos, como também inclui sistemas de apoio à tomada de decisão e gestão.
Ainda segundo o estudo, nas últimas décadas as novas tecnologias são associadas com a melhora no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças, ou seja, aumento da qualidade de vida e queda da mortalidade.
Porém, o aumento de tecnologias na saúde também repercutiu, em alguns casos, para o aumento de custos. Veja um trecho retirado do estudo:
“Todavia, essa situação tem gerado aumento considerável dos custos no setor da saúde como, por exemplo, o aumento do gasto per capita, entre 2001 e 2005, de 23% no Brasil, 29% nos Estados Unidos e 37% na Espanha.”
Algumas tecnologias são mais caras e cumulativas. Isso significa que elas começam a se complementar e não somente substituir as anteriores.
Neste artigo vamos abordar o que é a tecnologia na saúde e como ela funciona, na prática, no mercado médico. Continue a leitura!
O que é a tecnologia na saúde?
A tecnologia aplicada à saúde refere-se a todos os avanços na medicina que contribuem na melhora da qualidade de vida da população, como os novos dispositivos, métodos, produtos, técnicas, ferramentas, entre outros.
De acordo com a OMS, a tecnologia na saúde significa:
“A aplicação de conhecimentos e habilidades organizados na forma de dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver um problema de saúde e melhorar a qualidade de vida.”
Ou seja, qualquer ferramenta ou técnica aplicada com o objetivo de promover a saúde faz parte do grande e rico ecossistema de tecnologias na saúde.
No Brasil temos como exemplo o trabalho de médicos como o Oswaldo Cruz. Seu estudo sobre a peste bubônica e febre amarela permitiu a erradicação dessas doenças por meio do desenvolvimento de vacinas e soros.
Desde a década de 1900, o governo brasileiro investe em políticas públicas de saúde como as campanhas de vacinação, que são responsáveis por imunizar a população de doenças como rubéola, tétano, poliomielite, entre outras.
Metodologias como o Sistema de Triagem de Manchester também são consideradas tecnologias na saúde, pois é um mecanismo que permite a priorização eficiente de pacientes, considerando uma classificação de risco que salva vidas.
5 avanços da tecnologia na saúde
Telemedicina
A Telemedicina engloba qualquer serviço de saúde prestado a distância, como consultas, procedimentos médicos (exemplo: cirurgias), exames, laudos, reuniões entre profissionais de saúde e momentos voltados para educação, como eventos, aulas e palestras.
Essa prática se popularizou a partir de 2020 com o início da pandemia, mas no Brasil ela já é praticada há muitos anos, seja por programas como o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes ou atividades do dia a dia, como tirar dúvidas de pacientes pelo WhatsApp.
A área da Telemedicina, por si só, possui milhares de avanços apenas nos últimos anos, seja a regulamentação, novas ferramentas e aplicativos, robôs que auxiliam em cirurgias, entrega de medicamentos e higienização de locais, entre outras inovações.
Inteligência Artificial
A inteligência artificial refere-se a máquinas e sistemas que imitam a inteligência humana para resolver problemas e executar tarefas.
Porém, diferente de seres humanos, a IA não é limitada por fatores biológicos como cansaço e quantidade de informações que podem ser absorvidas em um determinado período.
Quanto tempo um humano demoraria para ler 1.000 artigos? Para ler 1.000 artigos em 30 dias, cerca de 33 artigos deveriam ser lidos por dia, algo que é dificilmente alcançado, tanto pelo cansaço quanto pelo tamanho dos artigos, caso sejam mais longos e complexos.
Uma IA pode ler 1.000 artigos em poucos minutos – ou até mesmo em menos tempo. Na área da saúde, as IAs auxiliam de diversas formas, como o atendimento aos pacientes, apoio na tomada de decisão clínica e suporte para profissionais de saúde.
Prontuário eletrônico
Um prontuário eletrônico é a versão digital do prontuário de papel. Ele centraliza todas as informações de saúde do paciente em um único local, sem ocupar espaço físico do seu consultório.
Além de ser excelente para armazenar dados, uma vez que ele centraliza todas as informações relevantes no mesmo documento, o prontuário digital também pode ser facilmente enviado para o paciente, sem risco de se perder ou ser visto por pessoas sem autorização.
O ideal é que o prontuário eletrônico seja 100% personalizável, ou seja, os profissionais conseguem aproveitar ao máximo essa tecnologia na saúde quando podem apagar campos que não utilizam, deixando o documento enxuto e prático para a rotina.
Big Data
Big Data é uma área da ciência que se dedica a estudar como obter, tratar e analisar informações que surgem de um imenso banco de dados. Esse conjunto de dados deve ser tão grande ao ponto de não ser possível analisá-lo apenas com seres humanos.
Ou seja, o Big Data essencialmente depende de tecnologias e métodos para analisar seus conjuntos de dados. Esse termo surgiu em 1997 e, desde então, vemos um volume de dados cada vez maior ser gerado na saúde e no mundo como um todo.
Na medicina, o conceito de Big Data é usado principalmente para a área de pesquisas e estudos, responsáveis por descobertas essenciais como novas vacinas, medicamentos e descobertas que influenciam na saúde.
Sistemas de gestão médica
Os sistemas de gestão médica são uma das inovações mais presentes no dia a dia de profissionais que atuam em clínicas e consultórios, pois centralizam todas as soluções necessárias para a gestão e atendimento aos pacientes.
Entre as ferramentas presentes em um sistema definitivo de gestão, é possível destacar:
- Cadastro do paciente;
- Prontuário eletrônico;
- Agenda médica;
- Agendamento online (portal do paciente);
- Gestão financeira;
- Relatórios financeiros;
- Relatórios gerenciais;
- Relatórios operacionais;
- Relatórios TISS;
- Controle de estoque, entre outros.
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