Quer garantir um ambiente seguro e eficiente para sua equipe? Confira a importância da CIPA em sua clínica ou consultório médico!
Em todos os estabelecimentos no setor da saúde, existem diferentes riscos ocupacionais que comprometem a segurança e a produtividade dos colaboradores.
Nesse sentido, a CIPA é um excelente recurso para promover a saúde e a segurança em seu estabelecimento, colaborando com o bem-estar de toda a equipe.
Sua implementação reduz riscos, melhora a saúde ocupacional e eleva a produtividade e a qualidade dos serviços prestados.
Neste artigo, você irá conferir como implementar a CIPA em sua clínica e promover um ambiente melhor para todos.
Acompanhe!
O que é CIPA?
A CIPA é uma sigla de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Assim, ela é um grupo formado por representantes de empregadores e empregados com a função de promover a saúde e a segurança no ambiente de trabalho.
Sua regulamentação se dá por meio da Norma Regulamentadora nº 05 do Ministério do Trabalho e, com essa comissão, é possível identificar riscos, prevenir acidentes e implementar medidas preventivas a qualquer ameaça ao trabalhador.
Na área da saúde, existem inúmeros riscos ocupacionais que precisam ser previstos, como a exposição a agentes biológicos, físicos e químicos e, nesse sentido, a CIPA pode ajudar muito.
Além de monitorar as condições do trabalho, ela promove a conscientização a respeito das melhores práticas e da implementação de um ambiente de trabalho saudável.
Como funciona a CIPA?
O funcionamento da CIPA acontece primeiro com os membros eleitos entre os funcionários e indicados pelo empregador. Após formada, essa comissão irá realizar reuniões periódicas de avaliação do ambiente de trabalho.
Seu maior objetivo é identificar possíveis riscos e propor medidas de prevenção a eles. Os encontros são fundamentais para discutir condições inseguras e conferir a implementação das ações propostas.
A CIPA também elabora o Mapa de Riscos, um documento que identifica todos os perigos que existem no estabelecimento, auxiliando na priorização de intervenções.
Além disso, a CIPA ainda pode atuar realizando treinamentos de conscientização sobre a importância das melhores práticas e da prevenção. Por isso, seu funcionamento precisa ser contínuo para assegurar as boas práticas no dia a dia.
Monitoramentos e inspeções também fazem parte da atuação da CIPA, e podem acontecer em todos os setores da clínica ou hospital.
Por que a CIPA é importante para a área da saúde
Os profissionais da área da saúde enfrentam riscos diários que podem envolver a exposição a agentes biológicos, físicos, químicos e ergonômicos. A CIPA ajuda a prevenir problemas e garantir o bem-estar desses trabalhadores. Veja agora seu impacto:
- Prevenção de riscos ocupacionais: a CIPA visa identificar e prevenir todos os riscos que existem em um ambiente de trabalho.
- Mais segurança: com a implementação das medidas preventivas sugeridas pela comissão, é possível ter um ambiente seguro, com profissionais trabalhando com mais tranquilidade e eficiência.
- Qualidade no atendimento ao paciente: quando os colaboradores se sentem seguros e cuidados, eles tendem a ser mais produtivos, podendo oferecer ao paciente um cuidado ainda melhor.
- Menos sobrecarga de trabalho: com mais segurança e menos afastamentos devido a acidentes, os profissionais não ficam sobrecarregados e conseguem exercer suas funções de forma tranquila.
- Promoção de uma cultura de segurança: o maior número de palestras e treinamentos aliados a boas práticas ajudam a criar uma cultura de segurança benéfica para todos os envolvidos no estabelecimento.
- Cumprimento da legislação: a formação da CIPA é obrigatória para empresas com determinado grau de risco e número de funcionários. Assim, formá-la na sua clínica garante o cumprimento da legislação.
A CIPA é obrigatória na minha clínica?
A formação da CIPA é obrigatória para empresas com grau de risco 3 ou 4 a partir de 20 funcionários. Já para empresas com grau de risco 1 ou 2, ela é exigida apenas a partir de 81 ou 51 funcionários, respectivamente.
O grau de risco de uma empresa é determinado pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), e está relacionado à Norma Regulamentadora nº 04.
Em relação às clínicas médicas, geralmente elas se enquadram na Classe 86.30-5, que abrange atividades de atenção ambulatorial. Nesse caso, seu grau de risco de acordo com a NR-04 é o 3.
Ou seja, todas as clínicas médicas registradas no Classe 86.30-5 do CNAE devem formar uma CIPA a partir de 20 funcionários.
4 passos para formar uma CIPA na sua clínica
Agora que você já sabe a importância da CIPA e como ela funciona. Confira um passo a passo para formá-la na sua clínica!
Passo 1: Identifique a obrigatoriedade
O primeiro passo é entender se a sua clínica é ou não obrigatória a ter uma CIPA. Conforme comentamos acima, todas as clínicas de grau de risco precisam ter a partir de 20 funcionários.
No entanto, ainda que o seu estabelecimento não possua a obrigatoriedade, a implementação e o seguimento de medidas de segurança deve ser feita para promover acidentes e garantir o bem-estar.
Passo 2: Organize a eleição dos membros
Agora é hora de organizar as eleições para saber quem serão os membros da CIPA. Para isso, é preciso gerenciar um processo eleitoral transparente e garantir que todos os colaboradores participem.
A CIPA precisa ser composta tanto por representantes eleitos pelos funcionários como por indicados pelo empregador.
Os eleitos pelos funcionários devem atuar em prol de seus interesses no que diz respeito à segurança no trabalho, e o mandato dos membros é de 1 ano com a possibilidade de reeleição.
Passo 3: Capacite os membros da CIPA
Neste ponto, você já conta com a sua CIPA formada, mas é preciso uma equipe treinada e capacitada para atuar nela. Por isso, oferecer treinamento a seus membros é primordial.
Procure profissionais qualificados em segurança do trabalho, capazes de cobrir temas como medidas de prevenção, legislação trabalhista e identificação de riscos.
Na área da saúde, esses membros também devem estar cientes dos riscos específicos do setor, como o uso de equipamentos médicos e o trato com agentes biológicos.
Passo 4: Organize reuniões e ações contínuas
Após formada, a CIPA precisa se reunir periodicamente para discutir as ações de segurança, identificar melhorias e implementar as medidas de prevenção.
Além disso, essa comissão deve promover campanhas e treinamentos entre os demais funcionários, tudo para assegurar que todos da clínica estejam engajados com as boas práticas de segurança.
Por tudo isso, a CIPA vai além de uma exigência legal: ela é indispensável para proteger os profissionais da área da saúde e manter um ambiente seguro para todos.
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