As IRAS representam um grande desafio para a segurança do paciente e a qualidade dos serviços prestados em ambientes hospitalares e ambulatoriais.
Presentes em todo o mundo, as IRAS aumentam a morbidade e a mortalidade dos pacientes, além de gerar impacto direto sobre os custos hospitalares e a credibilidade das instituições de saúde.
Por isso, compreender o que são, como elas se desenvolvem e quais estratégias são eficazes na sua prevenção é fundamental para qualquer médico que atue na linha de frente do atendimento, gestão ou ensino na área da saúde.
Segundo um artigo da Revista Brasileira de Terapia Intensiva:
“As IRAS têm prevalência estimada entre 7 – 10% mundialmente, e, considerando os países em desenvolvimento, a incidência chega a 15%.”
Desse modo, adotar práticas de controle rigoroso de infecções se torna um imperativo ético e profissional para garantir a segurança do paciente, a sustentabilidade das instituições e o fortalecimento da prática médica.
Para apoiar seu aperfeiçoamento nesse tema essencial, neste artigo vamos explorar em profundidade o que são as IRAS, seus principais tipos, fatores de risco, consequências para a prática médica e estratégias eficazes de prevenção e controle.
Vamos começar!
O que são IRAS?
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são infecções adquiridas por pacientes durante a prestação de cuidados em serviços de saúde, que não estavam presentes nem em incubação no momento da admissão.
Essas infecções podem ocorrer em qualquer ambiente de assistência. Por exemplo, hospitais, ambulatórios, clínicas, unidades de terapia intensiva, centros cirúrgicos, entre outros.
Nesse sentido, elas afetam não apenas pacientes, mas profissionais de saúde, visitantes e cuidadores.
É importante destacar que, para ser caracterizada como uma IRAS, a infecção deve ter relação direta com a intervenção médica, cirúrgica ou assistencial recebida pelo paciente.
Ela pode envolver diferentes sítios anatômicos, como trato urinário, corrente sanguínea, trato respiratório, pele ou feridas cirúrgicas, e apresentar ampla variedade de agentes etiológicos, com destaque para bactérias multirresistentes.
Compreender essa definição é o primeiro passo para reconhecer a gravidade do problema e a necessidade de adotar práticas rigorosas de controle de infecções no dia a dia assistencial.
Como as IRAS afetam a assistência à saúde?
As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) têm impacto profundo e multifatorial na qualidade da assistência médica, na segurança do paciente e na sustentabilidade dos serviços de saúde.
Em primeiro lugar, as IRAS aumentam a morbidade e a mortalidade dos pacientes. Infecções adquiridas no ambiente hospitalar tendem a ser causadas por microrganismos mais resistentes, dificultando o tratamento e prolongando o tempo de recuperação.
Com isso, o risco de complicações graves, como sepse e falência orgânica, torna-se mais elevado. Além do impacto direto sobre a saúde do paciente, as IRAS comprometem a eficiência dos serviços de saúde.
Pacientes infectados frequentemente necessitam de internações prolongadas, readmissões, uso intensivo de antibióticos de amplo espectro e, muitas vezes, de procedimentos invasivos adicionais, como drenagens ou cirurgias corretivas.
Esse processo gera sobrecarga para a equipe, aumento de custos operacionais e diminuição da disponibilidade de leitos.
Do ponto de vista institucional, a ocorrência de IRAS está associada à deterioração da imagem e da credibilidade dos serviços de saúde.
Assim, em um cenário em que a transparência e a avaliação da qualidade assistencial são cada vez mais exigidos por órgãos reguladores e pela sociedade, altas taxas de IRAS podem resultar em sanções, perda de acreditações e redução de financiamento.
Por fim, é importante lembrar que as IRAS também impõem um peso psicológico e emocional considerável sobre os profissionais de saúde.
Médicos, enfermeiros e toda a equipe multidisciplinar convivem com o desafio ético e profissional de enfrentar complicações evitáveis. Essas complicações podem gerar sentimentos de frustração e desgaste moral.
Diante desse panorama, fica evidente que prevenir as IRAS é uma estratégia essencial para assegurar a excelência da prática médica e a viabilidade dos serviços de saúde.
Como evitar as IRAS na sua clínica ou consultório
Embora as IRAS sejam mais frequentemente associadas ao ambiente hospitalar, clínicas e consultórios também precisam adotar rigorosos protocolos de prevenção.
Afinal, a responsabilidade pelo controle de infecções é compartilhada entre toda a equipe de saúde e começa com medidas simples, mas fundamentais.
Veja as principais estratégias para reduzir o risco de IRAS no seu serviço:
Higienização adequada das mãos
Em primeiro lugar, a prática de higienizar as mãos corretamente é considerada a medida mais eficaz para prevenir infecções.
Assim, é preciso utilizar água e sabão ou preparações alcoólicas nas cinco indicações fundamentais:
- Antes do contato com o paciente;
- Antes de procedimentos assépticos;
- Após risco de exposição a fluidos corporais;
- Após contato com o paciente;
- Após contato com áreas próximas ao paciente.
Esse cuidado é imprescindível para interromper a cadeia de transmissão de patógenos.
Uso racional de equipamentos de proteção individual (EPIs)
Em seguida, é preciso usar luvas, máscaras, aventais e óculos de proteção de forma adequada, sempre de acordo com a exposição prevista.
Desse modo, mais importante do que utilizar os EPIs é saber quando usá-los corretamente e como descartá-los de maneira segura.
Desinfecção e esterilização de materiais e superfícies
Instrumentos reutilizáveis precisam passar por protocolos de limpeza, desinfecção ou esterilização padronizados e documentados.
Da mesma forma, as superfícies de contato frequente, como macas, maçanetas, equipamentos médicos e cadeiras, devem ser higienizadas de maneira regular e rigorosa.
Controle rigoroso da assepsia em procedimentos
Qualquer procedimento invasivo, ainda que simples, como a coleta de sangue ou a aplicação de uma injeção, deve ser realizado em condições de máxima assepsia.
Isso inclui o uso de materiais estéreis, a preparação adequada da pele do paciente e a técnica correta de manipulação dos instrumentos.
Educação e treinamento contínuo da equipe
Manter todos os profissionais atualizados sobre boas práticas de prevenção de infecção é essencial.
Programas de treinamento contínuo, campanhas internas e a criação de protocolos claros contribuem para consolidar a cultura de segurança do paciente.
Vigilância e monitoramento de eventos adversos
Registrar, investigar e acompanhar quaisquer sinais de infecção permite identificar padrões de risco e adotar medidas corretivas de forma rápida e eficaz. A vigilância ativa é uma ferramenta estratégica para manter o ambiente assistencial mais seguro.
Ao adotar essas práticas, você protege seus pacientes e fortalece a imagem da sua clínica ou consultório como referência em segurança e qualidade na assistência.
A importância da tecnologia na gestão do seu negócio na saúde
A prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) não depende apenas de boas práticas clínicas.
Uma gestão eficiente, baseada em informações organizadas, processos bem definidos e monitoramento contínuo, é fundamental para garantir um ambiente mais seguro para os pacientes.
Nesse contexto, o uso de tecnologia e sistemas de gestão para clínicas e consultórios se torna um grande aliado.
Com um sistema adequado, é possível padronizar fluxos de atendimento, registrar protocolos de higienização, acompanhar a realização de treinamentos obrigatórios da equipe e monitorar indicadores de qualidade e segurança.
Além disso, a tecnologia facilita a rastreabilidade de procedimentos, o controle de estoque de materiais de higiene e a gestão adequada de EPIs. Todos fatores relacionados à prevenção de infecções.
Um bom sistema também otimiza o tempo dos profissionais, reduz erros operacionais e proporciona uma visão estratégica do negócio, permitindo que você mantenha o foco na qualidade da assistência, sem se perder em processos burocráticos.
Nesse sentido, o Versatilis System é uma solução completa para quem busca excelência em gestão de clínicas e consultórios.
Com funcionalidades específicas para o controle de processos assistenciais e administrativos, o Versatilis contribui para criar um ambiente mais seguro, eficiente e preparado para enfrentar os desafios das IRAS.
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