Na 1º infecção por fungo resistente no Brasil, o paciente foi diagnosticado com uma micose que não foi curada pelos tratamentos realizados.
O primeiro registro de infecção por fungo resistente no Brasil aconteceu em Piracicaba (SP). O fungo é conhecido como Trichophyton indotineae e o paciente infectado é um homem de 40 anos com histórico de viagens por países europeus.
O paciente mora em Londres, Inglaterra, porém, o diagnóstico aconteceu quando ele veio visitar a família após viajar por diferentes países da Europa, como Áustria, Eslováquia, Hungria, Polônia, Escócia e Turquia.
Segundo a médica envolvida no tratamento, Dra. Renata Diniz, o fungo respondeu às primeiras medicações, mas assim que o tratamento finalizava, as lesões voltavam. Em seguida, o Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP confirmou o diagnóstico.
O quadro se caracterizou por uma micose persistente nos glúteos e pernas. Nos locais, apareceram manchas vermelhas que coçam e descamam.
Para os profissionais, a principal preocupação é com a resistência aos medicamentos, porque o fungo em questão não apresenta riscos à vida.
Atualmente, o tratamento consiste no uso de um antifúngico e no reforço da imunidade do paciente, além de controle da umidade no local afetado.
Além disso, a transmissão acontece pelo contato com outras pessoas contaminadas ou com objetos usados por elas. Portanto, a prevenção envolve não compartilhar objetos de higiene pessoal e ficar atento aos menores sinais de infecção para procurar o dermatologista.
A primeira menção ao fungo Trichophyton indotineae aconteceu na Índia, e ele já circula pela Europa, Ásia e América. Segundo os pesquisadores, os poucos casos relatados vêm da identificação incorreta e da subnotificação.
Saiba mais em: G1.