Uma tecnologia inovadora ajudará a detectar câncer do colo do útero no SUS. O teste molecular, mais moderno e eficaz, deve substituir o Papanicolau.
O Ministério da Saúde iniciou, no dia 15 de agosto de 2025, implantação do teste molecular de DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS).
A nova tecnologia, 100% nacional, será incorporada gradualmente em 12 estados e promete revolucionar o rastreamento do câncer do colo do útero, substituindo o tradicional exame Papanicolau.
O Instituto de Biologia Molecular do Paraná (Fiocruz) produziu o novo método capaz de identificar 14 genótipos do HPV, vírus responsável pela maioria dos casos da doença.
Assim, diferentemente do Papanicolau, o teste consegue detectar o vírus antes do surgimento de lesões ou câncer em estágio inicial, o que aumenta as chances de tratamento precoce e cura.
Vantagens da tecnologia para detectar câncer do colo do útero
Segundo o ministro da saúde, Alexandre Padilha, a estrutura de testes moleculares agora será usada para diagnóstico do HPV.
A expectativa é que rastrear mais de 5,6 milhões de mulheres nos próximos cinco anos, com a meta de alcançar todo o Brasil até o fim de 2026. Desse modo, a inovação beneficiará cerca de 7 milhões de mulheres por ano.
Dentre as principais vantagens do novo exame, estão:
- Mais sensibilidade diagnóstica: reduz exames desnecessários e permite intervalo de até cinco anos entre as coletas.
- Equidade no acesso: garante cobertura em áreas remotas e populações vulneráveis.
- Autocoleta: possibilitará que mulheres em situação de vulnerabilidade façam a coleta em casa, ampliando o alcance do rastreamento.
O câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais comum entre mulheres no país. A estimativa é de mais de 17 mil novos casos anuais. Do mesmo modo, a doença provoca cerca de 20 mortes por dia, sendo a principal causa de óbitos femininos por câncer na região Nordeste.
Em suma, com a inovação, o Brasil se junta a países como Reino Unido, Espanha e Portugal, que também adotaram o teste molecular como método de rastreamento. Porém, os prazos foram mais longos.
Segundo Padilha, “graças ao SUS e à parceria com estados e municípios, o país fará essa implementação em tempo recorde”.
Saiba mais em: Ministério da Saúde.





