Robótica na medicina: o que é, exemplos e principais tendências

Richard Riviere
23 de fevereiro de 2023
Seta apontando para baixo.

A robótica na medicina engloba o uso robôs na área da saúde, como os robôs-cirurgiões, transportadores de medicamentos e suprimentos, robôs responsáveis por dedetizar áreas hospitalares, entre outros.

Um estudo sobre cirurgia robótica enfatiza o quanto a robótica está ganhando espaço em todos os segmentos de mercado:

“Os robôs – oriundos da arte/ficção – têm se tornado cada vez mais presentes na realidade contemporânea. De fato, é possível vê-los trabalhando em lugares nos quais o ser humano não consegue ir – devido às suas limitações biológicas – e auxiliando, mulheres e homens, em diferentes campos do conhecimento, como a área da saúde.”

Neste artigo você vai aprender o que é a robótica na medicina, exemplos de como ela atua na área da saúde e principais tendências para os próximos anos. Boa leitura!

O que é a robótica na medicina?

A palavra “robótica” deriva de “robota”, palavra tcheca que significa “trabalhador” ou “servo”. O termo foi criado por Karel Capek na peça Rossum’s Universal Robots, porém, a palavra se popularizou com as obras de Isaac Asimov.

O autor também é conhecido por criar as 3 leis da robótica que norteiam os comportamentos dos robôs. Sua influência pode ser vista em grandes obras como Guerras nas Estrelas, O Homem Bicentenário, A.I. – Inteligência Artificial, entre outras.

Conheça as 3 leis da robótica presentes na obra “Eu, robô” de Asimov:

“Primeira lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal; Segunda lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei; Terceira lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e/ou a Segunda Lei.”

O uso de robôs na indústria iniciou-se com a General Motors, que introduziu o Unimate, aparelho que substitui funcionários em algumas funções perigosas na linha de montagem de automóveis.

A partir da década de 60, a robótica começou a ser mais presente em outros segmentos de mercado, desde exploração do oceano, missões de resgate, até a área da saúde.

Em 1985, o robô PUMA 560 auxiliou uma equipe médica em uma biópsia cerebral. Essa tecnologia se desenvolveu e, com a empresa Computer Motion, um robô conhecido como AESOP, robô de braço único, foi introduzido no mercado.

Exemplos de robótica na medicina

Robô-cirurgião DaVinci

Se você já estudou sobre robótica na área da saúde, com certeza ouviu falar sobre o robô DaVinci, usado em grandes hospitais como o Albert Einstein. 

Esse robô-cirurgião é totalmente controlado pelo médico-cirurgião responsável pelo procedimento, porém, permite que as cirurgias sejam feitas a distância e com minúsculas incisões e precisões de alta qualidade, indo muito além da capacidade humana.

Isso significa que o paciente tem menos chance de infecções e complicações pós-cirúrgicas, permitindo uma recuperação mais rápida, menos tempo de internação e redução de custos para o hospital e para o próprio paciente.

Próteses

Os profissionais de saúde que atuam nesse campo e pacientes que necessitam de próteses sabem o quanto esses componentes podem fazer uma diferença surreal na vida das pessoas, melhorando a qualidade de vida, autonomia e independência.

No laboratório do MIT de biomecatrônica, os pesquisadores criaram membros robóticos que são capazes de ajustar e identificar suas posições em espaços tridimensionais com a velocidade de 750 vezes por segundo. 

As peles biônicas e sistemas de implante neural interagem com o sistema nervoso, permitindo que os pacientes tenham um retorno tátil do protético e controle volitivo, simulando um membro natural do corpo.

Ou seja, ao invés de ter uma prótese engessada, eles possuem um membro robótico que conseguem simular, de maneira mais natural, o que eles precisam para o dia a dia.

Principais tendências da robótica na medicina

Robôs-cirurgiões

A cirurgia geral, como a ginecológica, urológica, torácica, abdominal, entre outras, é um dos principais tipos de cirurgia no qual os robôs cirúrgicos conseguirão ser mais presentes nos próximos anos.

Atualmente, a cirurgia intuitiva é a que teve mais robôs-cirurgiões nas últimas duas décadas, e o sistema DaVinci é o mais popular no mercado. Porém, novas empresas estão surgindo como fortes concorrentes desse famoso robô cirúrgico

Manuseio de instrumentos cirúrgicos

Em procedimentos cirúrgicos, as ferramentas precisam ser inseridas em ângulo e profundidade corretas, o que é um desafio para seres humanos que não conseguem, biologicamente, alcançarem um alto nível de precisão devido aos tremores involuntários.

Esse problema não ocorre com os robôs cirúrgicos, que conseguem posicionar os instrumentos na exata posição e ângulo ideal, algo de extremo valor, principalmente em procedimentos neurocirúrgicos e ortopédicos. 

Navegação por catéter robótico

Os cateteres são usados em intervenções cirúrgicas em corações, veias e artérias. O procedimento exige que o cateter seja empurrado manualmente por um fio, o que expõe os médicos-cirurgiões à radiação nociva de raios-x. 

Felizmente, com a robótica é possível solucionar esse problema, uma vez que os sistemas podem controlar o catéter para eliminar a manipulação manual do fio. Assim, os cirurgiões conseguem controlar o cateter a distância. 

Essa tendência beneficia não apenas o profissional de saúde, como também o paciente que tem um procedimento mais ágil e eficiente, reduzindo o tempo de internação e os procedimentos de acompanhamento.

Manipulação de câmera intra-operatória

A endoscopia e laparoscopia são intervenções cirúrgicas minimamente invasivas e permitem uma recuperação mais ágil, porém, elas são extremamente desafiadoras devido a estarem restritas à imagem apresentada em um monitor. 

Na maioria das vezes, o vídeo fica “tremido”, pois é um profissional de saúde que está segurando o instrumento. Vale lembrar que mesmo sendo consideradas intervenções pouco invasivas, são muito desconfortáveis para os pacientes.

Por meio de robôs de manipulação de câmera intra-operatória, o vídeo fica estável e o instrumento pode ser controlado pelo próprio médico-cirurgião de forma mais simples e prática, o que reduz o número de profissionais envolvidos e, consequentemente, o custo.

Neste artigo você aprendeu como a robótica na medicina funciona, exemplos e suas principais tendências. Espero que tenha sido útil! Para acompanhar mais inovações tecnológicas, acompanhe nosso blog ou acesse nosso site.

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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