Proteína da placenta ajuda na recuperação de lesões na medula

Richard Riviere
5 de outubro de 2025
Seta apontando para baixo.
proteína da placenta para recuperação de lesões na medula

Cientistas brasileiros testam proteína da placenta em cães e humanos e mostram avanços promissores no tratamento de lesões na medula espinhal.

Pesquisadores brasileiros apresentaram resultados promissores no uso de uma proteína extraída da placenta para auxiliar na recuperação de movimentos em pacientes com lesão na medula espinhal. 

O tratamento continua em fase experimental, mas já mostrou avanços em humanos e animais. Nesse sentido, a continuidade dos testes depende de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A descoberta é fruto de mais de 25 anos de pesquisas conduzidas no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lideradas pela professora Tatiana Coelho de Sampaio. 

O objetivo é recriar uma malha de proteínas chamada polilaminina, capaz de restabelecer a comunicação entre os neurônios afetados pela lesão.

Como funciona a proteína da placenta polilaminina?

A polilaminina deriva-se da laminina, uma proteína presente no corpo humano durante a fase embrionária e essencial para a troca de informações entre neurônios. 

Assim, ao ser reintroduzida no organismo, essa substância pode ajudar o neurônio a reconstruir conexões interrompidas pela lesão, permitindo o retorno de impulsos elétricos necessários para os movimentos.

Resultados em pacientes e animais

Em testes realizados no Brasil, oito pacientes com lesão completa da medula receberam injeções de polilaminina no local da lesão. Embora dois não tenham resistido aos ferimentos do acidente, os outros seis apresentaram diferentes níveis de recuperação motora. 

Casos relatados incluem movimentos nos braços, pernas e até a retomada parcial da independência física.

Além dos testes em humanos, uma farmacêutica nacional adaptou a substância para o tratamento em cães. Em 2021, seis animais com lesões mais antigas foram submetidos ao procedimento; quatro deles conseguiram recuperar parte da mobilidade.

Perspectivas e próximos passos

Apesar dos avanços, especialistas ressaltam que ainda é cedo para falar em cura definitiva. A Anvisa aguarda informações adicionais para autorizar novas fases de testes clínicos em maior escala, garantindo a segurança e eficácia do medicamento.

O estudo, entretanto, já representa uma esperança para pessoas com lesões medulares, condição que até hoje não possui tratamento efetivo para regeneração nervosa.

Saiba mais em: G1 – Jornal Nacional

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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