Pela 1ª vez, as mulheres são maioria entre médicos no Brasil. É o que diz a Demografia Médica de 2025, divulgada no dia 30 de abril.
Segundo a Demografia Médica de 2025, até o final deste ano, o país deve terminar com 635.706 médicos em atividade. O total é de 2,98 profissionais para cada 1.000 habitantes, o que corresponde a um aumento de 100% em 12 anos.
O estudo foi realizado pelo Ministério da Saúde e conduzido pelo Departamento de Medicina Preventiva de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
De acordo com ele, a concentração de médicos nas capitais permanece e as mulheres, até o final de 2025, serão a maioria, representando 50,9% dos profissionais. O crescimento continuará e, até 2035, estima-se que 55,7% dos profissionais de medicina sejam mulheres.
O que mais diz o estudo da Demografia Médica?
A desigualdade na distribuição de médicos permanece fora das capitais e dos grandes centros. O Sudeste, por exemplo, tem uma taxa de médicos de 2,64 por 1.000 habitantes no interior, enquanto Roraima e Amazonas tem apenas 0,13 e 0,20, respectivamente.
Além disso, o número de médicos dobrou em pouco mais de uma década. De 304 mil em 2010, agora o país conta com mais de 635 mil.
Nesse sentido, no ritmo atual, o país deve alcançar 1,15 milhões de médicos em atividade até 2035, o dobro do registrado em 2023. Segundo Mário Scheffer, coordenador do estudo:
“Nos próximos 10 anos, essa projeção (de 1,15 milhão de médicos) é irreversível e conservadora (com a continuidade de abertura de cursos de medicina, o número tende a aumentar), em 2035 seriam 5,2 médicos por mil habitantes.“
Outro destaque do estudo é que o crescimento do número de médicos já supera o crescimento populacional. A partir de 2010, a taxa começou a aumentar, alcançando picos superiores a 5% em alguns anos.
Por outro lado, o crescimento populacional apresenta uma sequência de queda, com menos de 1% ao ano desde 2009.
Por fim, a taxa de médicos especialistas no Brasil está abaixo da média em outros países avaliados no estudo. Enquanto estes contam 62,9% de especialistas, o Brasil conta com 59,1%. Nos Estados Unidos, essa taxa chega a 87,9%.
Saiba mais em: G1 Saúde.