A inteligência artificial na medicina aumenta a agilidade e assertividade nas propostas de soluções para problemas médicos, sendo um apoio à tomada de decisão clínica e análise de casos de saúde.
Apesar de parecer um filme de ficção científica sobre o futuro, a verdade é que a inteligência artificial, também conhecida pela sigla IA, está cada vez mais presente no nosso dia a dia, bem como na área da saúde.
Esse avanço gera muitas discussões e debates sobre a ética de como usar a inteligência artificial e respeitar a privacidade dos dados dos pacientes, entretanto, é inegável que seu avanço não pode ser parado e pode apresentar soluções importantes para a população.
De acordo com um estudo sobre inteligência artificial na medicina:
“Tendo em vista essas funções, a Inteligência Artificial faz um exímio trabalho no que tange a fornecer menores riscos para o paciente, melhor desempenho de todo o processo (diagnóstico, prognóstico e tratamento), mais eficiência e, em alguns casos, como na diminuição dos testes diagnósticos e das complicações pós-operatórias, desonerar os cofres públicos.”
Continue neste artigo para aprender mais sobre a inteligência artificial na medicina, como ela funciona, casos e principais soluções. Boa leitura!
O que é a inteligência artificial na medicina?
A inteligência artificial na medicina refere-se ao uso de computadores que, por meio de uma análise de um grande volume de dados e algoritmos construídos por especialistas na área, são capazes de propor soluções para problemas médicos.
Ou seja, a IA permite que sistemas computacionais reproduzam o comportamento humano ao solucionar problemas e realizar tarefas, além de serem capazes de se aprimorarem com base nas informações coletadas.
Os computadores conseguem armazenar uma imensa base de dados como imagens de lesões, exames radiológicos, ultrassom, ressonância magnética, ecocardiogramas, dados de dispositivos móveis, entre outros.
Ao estudarem essa base de dados e serem treinados por especialistas, a inteligência artificial consegue gerar probabilidade de diagnóstico, tudo baseado em informações e algoritmos de decisão pré-estabelecidos pelos especialistas.
Como a inteligência artificial na medicina funciona?
Para que a inteligência artificial tenha uma base de dados relevante, é fundamental coletar dados de pacientes de forma segura.
O recomendado é o uso de prontuários eletrônicos, que centralizam todas as informações do paciente, podem ser acessados de qualquer lugar e são integrados com outras soluções por meio de softwares médicos.
Outras tecnologias também podem facilitar a coleta e armazenamento de dados médicos, como é o caso dos wearables (dispositivos vestíveis inteligentes), a exemplo do smartwatch, smartphone, entre outros.
Imagine que um paciente use um smartwatch que coleta constantemente dados de saúde como batimentos cardíacos, glicemia e quantidade de horas dedicadas ao exercício físico.
Esses dados são compartilhados com seu médico, que possui um histórico completo do paciente no prontuário eletrônico.
Esse prontuário é compartilhado com o paciente sempre que ele precisa ir a outro profissional de saúde, o que permite uma evolução em um único documento, sem descentralização de informações.
Agora, vamos supor que a maioria da população brasileira tenha esse mesmo tipo de armazenamento dos dados médicos: compartilhável e centralizado em um único documento. Consegue imaginar o que uma IA poderia fazer com esse volume de dados?
Segundo um estudo sobre Inteligência Artificial e medicina divulgado na SciELO, vários sistemas já foram desenvolvidos com objetivo de entregar uma lista de possíveis diagnósticos para problemas de saúde.
Um caso analisou quatro sistemas após eles terem analisado dados de 20 casos clínicos apresentados New England Medical Journal e Medical Knowledge Self Assessment Program (MKSAP) do American College of Physician.
Dois dos sistemas de diagnósticos indicaram acertos significativos. Com o avanço da IA na saúde, ou seja, quanto mais esses sistemas recebem informações e são treinados por especialistas, mais assertividade eles apresentarão em seus resultados.
Isso significa que, com o tempo, as inteligências artificiais podem se tornar verdadeiras aliadas no apoio à tomada de decisão na área da saúde, otimizando o tempo do médico e dos pacientes, além de oferecer um diagnóstico mais rápido e preciso.
Casos de inteligência artificial na medicina
Dois dos exemplos mais impactantes de inteligência artificial na medicina são as plataformas Watson Health da IBM e o Deep Mind da Inglaterra, as quais processam dados armazenados na nuvem de oncologia e evolução de pacientes.
Milhares de casos com esquemas de diagnósticos, resultados de exames, tratamentos prescritos, entre outras informações, demorariam semanas – talvez até anos, para serem analisados por seres humanos.
Porém, para essas IAs, em poucos minutos milhares de informações são analisadas, o que permite uma expansão do conhecimento médico e sugestão de condutas que podem ser seguidas, com base na probabilidade de todos os casos analisados previamente.
Por meio de redes neurais, os pesquisadores da IBM obtiveram uma acurácia de 86% no diagnóstico de retinopatia diabética feito em 35 mil imagens de retina acessadas por meio da tecnologia EyePACs da IBM de identificação de lesões e outros sinais.
O Deep Mind, criado em 2010 e comprado pela Google em 2014, também utiliza redes neurais, mas não tem um objetivo pré-definido, ele tem a proposta de aprender com a experiência na solução de problemas médicos.
Atualmente ele tem sido utilizado na medicina para avaliação de scans visuais, buscando causas de cegueira.
Como a inteligência artificial na medicina soluciona problemas?
De acordo com o mesmo estudo citado anteriormente, em 2009 foi identificado que 32% dos erros médicos dos Estados Unidos tinham origem na diminuição do tempo de interação entre médicos e pacientes.
Esse comportamento resultava em diagnósticos equivocados, piora na evolução do paciente ou não reconhecimento de uma urgência.
Mesmo em hospitais com prontuários eletrônicos, que apresentavam melhor coleta de dados, 78,9% dos erros médicos estavam relacionados com a relação médico-paciente, exame clínico deficiente, falta de exames e avaliação de dados.
Dessa forma, sistemas de apoio à decisão clínico que cruzam dados como remédios prescritos, identificando interações medicamentosas ou doses inapropriadas, auxiliam na diminuição dos erros médicos.
Apesar da IA não solucionar o problema entre a relação médico-paciente, ela ajuda a diminuir casos de erros médicos, ao apontar uma divergência entre o que é indicado e o que foi receitado.
Além disso, ao adotar tecnologias como prontuário eletrônico, IA, sistemas médicos, entre outros, os médicos automatizam processos e podem focar no que realmente importa, como é o caso do atendimento aos pacientes.
Neste artigo você aprendeu sobre a inteligência artificial na medicina e como ela funciona. Espero que tenha sido útil! Não deixe de acompanhar as novidades do nosso blog.
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