Injeção contra HIV: conheça o lenacapavir injetável 

Richard Riviere
26 de julho de 2025
Seta apontando para baixo.
injeção contra HIV

A OMS acaba de recomendar a injeção contra HIV chamada lenacapavir. Segundo estudos, a droga é 100% eficaz na prevenção da doença. 

Na segunda-feira, dia 14 de julho de 2025, a OMS publicou uma recomendação para usar o lenacapavir duas vezes no ano como forma de prevenção ao HIV. 

O medicamento é uma solução adicional de profilaxia pré-exposição ao HIV, sendo uma alternativa eficaz e de longa duração às pílulas orais. 

Segundo dados do estudo publicado na revista New England Journal of Medicine (NEJM), em 2024, a injeção apresentou eficácia de 100% na prevenção do HIV em mulheres. 

Em outro estudo, apenas 2 voluntários, dentre as 3.265 pessoas de diferentes gêneros que fizeram o uso do remédio, contraíram a doença. 

Qual é a eficácia do lenacapavir?

Segundo dados mostrados na 25ª conferência internacional sobre a AIDS em Munique, na Alemanha, o antirretroviral lenacapavir tem uma eficácia geral de 100% na prevenção do HIV-1, responsável por quase todas as infecções no mundo. 

Nesse sentido, o medicamento foi aplicado apenas duas vezes no ano e se provou tão eficaz que seu estudo clínico foi suspenso. Afinal, os resultados superaram os critérios de interrupção. 

Para o Unaids, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, o lenacapavir é mais uma esperança de acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2030. 

No entanto, ainda é preciso garantir o acesso global equitativo ao medicamento, uma vez que, atualmente, ele custa cerca de US$ 40 mil por pessoa por ano. 

No Brasil, o lenacapavir ainda não possui registro na Anvisa, mas sua submissão no país está em fase de planejamento interno. 

A injeção é uma alternativa aos atuais medicamentos de prevenção oral (PrEP diária e sob demanda). Por meio deles, é possível preparar o organismo para enfrentar um possível contato com o HIV. 

Contudo, mulheres cis não podem usar o PrEP sob demanda, já que ele é menos eficaz nas mucosas vaginais do que nas anais. O estrogênio diminui ainda mais sua eficácia. Por outro lado, no estudo feito com o lenacapavir, nenhuma das 2.134 mulheres contraiu HIV. 

Assim, mesmo com as barreiras relacionadas ao custo e ao acesso, o medicamento torna-se mais uma esperança para combater a doença e traz novas perspectivas a milhares de pacientes.

Saiba mais em: G1 Saúde

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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