Finanças para médicos: o que é, importância e ferramentas

Richard Riviere
24 de janeiro de 2023
Seta apontando para baixo.

As finanças para médicos permitem que os profissionais entendam qual é a sua realidade financeira, como gerir seus recursos, aproveitar o presente e se preparar para o futuro. Para atingir esses objetivos, é preciso ter um conhecimento básico na área.

Afinal, sem um bom conhecimento, erros comuns podem ser cometidos, como não ter uma reserva financeira, não diferenciar lucro bruto do lucro líquido e misturar contas pessoais e profissionais.

Neste artigo, explicamos o que é as finanças na área da saúde, termos mais importantes, como funciona na prática e ferramentas essenciais. Continue a leitura!

O que é finanças para médicos?

O conceito de finanças pode ser entendido como “a arte e a ciência de administrar recursos financeiros”. 

Isso significa que realizar a gestão financeira, seja na sua vida pessoal ou em seu empreendimento, é gerenciar os recursos que permitem o bom funcionamento da sua instituição ou de suas atividades, como viagens, jantares, mercado, entre outros.

Quais são as principais ferramentas e termos das finanças para médicos?

Quando falamos de finanças para médicos no contexto de empreendimentos, o fluxo de caixa é a principal ferramenta que cuida dos recursos financeiros de uma clínica. 

Além de consolidar todas as movimentações financeiras em um único local, também é essencial para a análise de um dos maiores problemas de gestão financeira de uma empresa: o registro errôneo ou ausente de entradas e saídas de caixa. 

O fluxo de caixa deve ser separado por 3 principais grupos:

  • Atividades operacionais: pagamentos de pacientes, seja sobre consultas, exames ou procedimentos, despesas como pagamentos de materiais descartáveis utilizados nos exames, entre outros que envolvem a operação do dia a dia da instituição;
  • Atividades de investimentos: gastos que visam objetivo de retorno futuro, ou seja, deve obrigatoriamente haver um retorno sobre investimentos, como aquisição de novos equipamentos, abertura de filiais da clínica, entre outros;
  • Atividades financeiras: gestão do que sobra do caixa, como aplicações e financiamentos. 

É importante lembrar que lucro não significa dinheiro em caixa, e essa é uma das maiores dificuldades do gestor de um estabelecimento médico. 

O fato de você ter dinheiro na sua conta, não significa que você teve lucro, se você não se atentar a detalhes como: pagamentos a serem feitos, impostos que irão incidir e quanto de investimento foi realizado.

O fluxo de caixa, apesar de ser uma ferramenta essencial, não mensura se a empresa conseguiu ou não obter lucro, pois tange apenas no que diz respeito ao controle das entradas e saídas dos recursos financeiros.

A área que irá dizer se a clínica teve lucro ou prejuízo em um determinado período é a contabilidade

Qual é o papel da contabilidade nas finanças para médicos?

Enquanto o fluxo de caixa registra informações, a contabilidade apura esses resultados e analisa relatórios com inteligência financeira, ou seja, consegue dizer qual foi o lucro líquido da clínica (o que resta após pagar todas as despesas). 

Para entender melhor como tudo funciona, é essencial conhecer os seguintes termos financeiros:

  • Receita bruta: refere-se aos serviços prestados em um determinado período, como consultas, exames, procedimentos, entre outros, é um demonstrativo focado nos serviços prestados;
  • Dedução de vendas: são as devoluções e impostos incididos nas vendas, como ISS, PIS e COFINS, também conhecidos como impostos indiretos;
  • Custos dos serviços prestados: são despesas relacionadas diretamente à prestação de serviços, como salário da equipe médica, medicamentos, limpeza e manutenção do estabelecimento, entre outros;
  • Lucro bruto: mede a eficiência operacional da organização de saúde, ou seja, quantos serviços foram prestados e pagamentos gerados a partir disso;
  • Despesas operacionais: todos os gastos administrativos, como contador, despesas com marketing, manutenção dos equipamentos, entre outros. Essas despesas também são consideradas despesas fixas;
  • Lucro operacional: indicador que mostra o resultado da empresa em termos operacionais, portanto, é o lucro apenas ao que diz respeito às operações, sem considerar investimentos, por exemplo;
  • Resultado financeiro: são os juros bancários e as receitas financeiras, como a receita de aplicações financeiras;
  • Resultado não operacional: gastos e receitas de atividades que não fazem parte da atividade principal da empresa, como um investimento feito pelos sócios-fundadores;
  • Lucro líquido antes do imposto de renda e contribuição social: é o resultado financeiro líquido da empresa antes que ele seja deduzido no imposto de renda e contribuição social;
  • Imposto de renda e contribuição social: como você já deve saber, são os impostos diretos, aqueles que o governo tributa sobre os resultados obtidos pelas empresas, inclusive, na área da saúde. Esses impostos podem variar de acordo com o regime de tributação que você está inserido (Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional);
  • Lucro líquido: resultado final apurado após os impostos, ou seja, é de fato o que sobra após o pagamento de todas as despesas e deve ser distribuído entre os sócios de acordo com o contrato de sociedade estipulado. 

Quando falamos exclusivamente de gastos, ou seja, saídas financeiras, também é preciso se atentar aos seguintes termos. 

  • Custos: gastos relativos na prestação de serviços, como já vimos anteriormente: salário da equipe médica, medicamentos, manutenção dos equipamentos, energia elétrica utilizada no horário comercial, entre outros;
  • Despesas: gastos necessários para entregar os serviços prestados, são ligadas às áreas administrativas e comerciais, como investimento em marketing, salário da equipe de marketing e administração, material de escritório, entre outros;
  • Investimentos: gastos realizados na obtenção de bens com objetivo de retorno futuro, como aquisição de um novo prédio, aumento de leitos, entre outros;
  • Perdas: gastos utilizados de forma inadequada, o que ocasionou prejuízo financeiro, como perda de material em estoque pois passou da validade, frascos quebrados e demais situações. 

Além disso, também temos a diferença entre os fixos e os variáveis.

  • Custos variáveis: gastos que aumentam ou diminuem dependendo do volume de serviços prestados, como gastos com seringas para exames de sangue;
  • Custos fixos: gastos que não são influenciados pelo volume de serviços prestados, como aluguel do imóvel e salário da equipe. 

Como você viu ao longo do artigo, são muitos conceitos e ferramentas que você deve aprender para entender, na totalidade, o que significa “finanças para médicos”. 

Para ver como automatizar relatórios financeiros e geração de fluxo de caixa, conheça nossa gestão financeira.

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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