Doença ocupacional: descubra como prevenir na clínica

Richard Riviere
9 de julho de 2025
Seta apontando para baixo.
doença ocupacional

A doença ocupacional é uma realidade silenciosa, mas com grande potencial de impacto na rotina das clínicas e consultórios médicos.

Apesar do foco constante no bem-estar dos pacientes, é essencial lembrar que o ambiente de trabalho da equipe de saúde também precisa ser seguro, saudável e estruturado para prevenir adoecimentos ligados às atividades laborais.

Afinal, posturas inadequadas, jornadas extensas, estresse constante, exposição a agentes biológicos e ergonomia negligenciada são apenas alguns dos fatores que podem comprometer a saúde do médico e de toda a equipe clínica ao longo do tempo.

Por isso, compreender o que são as doenças ocupacionais, quais os riscos mais comuns no ambiente clínico e como implementar medidas eficazes de prevenção é fundamental para garantir a sustentabilidade do seu serviço de saúde, e a sua própria qualidade de vida.

Neste artigo, vamos aprofundar esse tema com foco na prática médica, apresentando estratégias concretas para que você, médico, possa cuidar da sua equipe, do seu espaço de trabalho e, claro, de si mesmo.

Vamos começar!

Quais são os principais tipos de doença ocupacional?

As doenças ocupacionais são enfermidades diretamente relacionadas às condições ou ao ambiente de trabalho. 

Nesse sentido, no contexto das clínicas e consultórios médicos, diversos fatores podem contribuir para o surgimento dessas doenças, afetando tanto os profissionais da saúde quanto os colaboradores administrativos.

Segundo o site JusBrasil:

“A doença ocupacional ou profissional está definida no artigo 20, I da Lei n. 8.213 de 24 de julho de 1991 como a enfermidade produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.”

De modo geral, as doenças ocupacionais podem ser classificadas em dois grandes grupos: doenças profissionais, decorrentes da atividade desempenhada, e doenças do trabalho, ligadas às condições em que o trabalho é realizado.

A seguir, destacamos os principais tipos de doenças ocupacionais que podem surgir em ambientes clínicos:

Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT)

Muito comuns entre profissionais da saúde, os DORTs incluem lesões por esforço repetitivo (LER), tendinites, bursites, lombalgias e outras afecções musculoesqueléticas. 

São geralmente causadas por má postura, movimentos repetitivos e longos períodos em posições estáticas, como ocorre durante atendimentos ou cirurgias.

Transtornos psíquicos relacionados ao trabalho

Em seguida, o estresse crônico, a sobrecarga emocional, a pressão por resultados e o contato constante com o sofrimento dos pacientes podem levar ao desenvolvimento de transtornos como ansiedade, depressão, síndrome de burnout e insônia. 

Médicos e profissionais da saúde estão entre os grupos mais vulneráveis a esse tipo de adoecimento.

Doenças infecciosas e parasitárias

O risco biológico também é inerente à prática médica. A exposição a vírus, bactérias, fungos e outros agentes patogênicos podem resultar em doenças infecciosas, como hepatites, tuberculose, COVID-19 e outras enfermidades transmissíveis. 

O contato com fluidos corporais, materiais perfurocortantes e superfícies contaminadas exige protocolos rígidos de biossegurança.

Doenças dermatológicas

O uso prolongado de luvas, máscaras, álcool em gel e desinfetantes, somado à constante lavagem das mãos, pode desencadear dermatites de contato, ressecamento da pele e outras afecções dermatológicas. 

Embora muitas vezes subestimadas, essas doenças impactam a qualidade de vida e o desempenho do profissional.

Problemas auditivos

Em clínicas com uso constante de equipamentos ruidosos ou em ambientes com excesso de sons simultâneos (como em áreas de pronto-atendimento), há risco de perda auditiva induzida por ruído (PAIR). 

Embora menos comum em clínicas pequenas, esse fator não deve ser negligenciado em serviços de maior porte.

5 dicas para prevenir a doença ocupacional na clínica

A prevenção das doenças ocupacionais deve ser uma prioridade na gestão de qualquer ambiente de saúde; não apenas por uma questão legal, mas sobretudo para proteger quem cuida: o médico e sua equipe.

Com medidas simples, mas bem planejadas, é possível reduzir riscos, aumentar a qualidade de vida no trabalho e manter a produtividade clínica em alto nível.

Veja a seguir cinco dicas práticas e essenciais para prevenir doenças ocupacionais na sua clínica:

1. Invista em ergonomia no ambiente de trabalho

Em primeiro lugar, a disposição inadequada de mobiliário e equipamentos é uma das principais causas de DORTs e desconfortos posturais. 

Por isso, certifique-se de que mesas, cadeiras, computadores e equipamentos estejam ajustados à altura e ao biotipo dos profissionais. Cadeiras ergonômicas, apoios para os pés e estações de trabalho ajustáveis fazem grande diferença.

Além disso, oriente pausas durante atividades prolongadas, especialmente aquelas que exigem atenção visual intensa ou repetição de movimentos.

2. Implemente protocolos de biossegurança eficazes

Em seguida, o uso correto de EPIs (equipamentos de proteção individual), a higiene das mãos, a desinfecção adequada de superfícies e a manipulação segura de materiais biológicos são fundamentais para evitar doenças infecciosas.

Além de disponibilizar os insumos necessários, é preciso treinar periodicamente toda a equipe quanto aos protocolos de segurança e revisar os procedimentos sempre que necessário.

3. Cuide da saúde mental da equipe

O desgaste emocional é um fator de risco recorrente na prática médica. 

Criar um ambiente de trabalho saudável, onde haja abertura para diálogo, gestão humanizada e equilíbrio entre demandas e pausas, contribui para a prevenção de transtornos psíquicos.

Avalie, ainda, a possibilidade de incluir apoio psicológico ou rodas de conversa como parte da rotina da equipe, especialmente em períodos de alta demanda.

4. Realize exames periódicos e monitoramento da saúde ocupacional

Mesmo em clínicas pequenas, é recomendável seguir um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com exames admissionais, periódicos e de retorno ao trabalho. 

Essa prática permite identificar precocemente alterações que possam estar relacionadas à rotina clínica.

Contar com o apoio de um serviço de medicina do trabalho é um investimento estratégico para prevenir afastamentos e cuidar da saúde de quem mantém a clínica funcionando.

5. Promova a cultura da prevenção entre todos os colaboradores

A prevenção não pode ser responsabilidade de um único profissional ou setor. É fundamental construir uma cultura organizacional que valorize o cuidado com a saúde física e mental no ambiente clínico.

Promova treinamentos, distribua materiais educativos e envolva toda a equipe nas decisões relacionadas à segurança e bem-estar. A participação ativa de todos fortalece o compromisso coletivo com a saúde ocupacional.

Como contar com a tecnologia para aumentar a segurança ocupacional na clínica

A tecnologia tem se mostrado uma grande aliada na rotina médica. E quando o assunto é segurança ocupacional, não é diferente.

Um sistema médico de qualidade contribui para a prevenção de doenças ocupacionais, otimizando processos, reduzindo sobrecargas e promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e organizado.

Com o uso de um software completo, é possível:

  • Reduzir o excesso de tarefas manuais, evitando retrabalho e minimizando o risco de estresse e fadiga mental;
  • Melhorar a comunicação entre a equipe, tornando os fluxos de atendimento mais claros e diminuindo ruídos que sobrecarregam os profissionais;
  • Automatizar lembretes de pausas e agendas equilibradas, colaborando com uma rotina mais saudável;
  • Controlar melhor o uso de EPIs e registros de segurança, por meio de checklists e protocolos digitais integrados.

Além disso, sistemas eficientes facilitam a gestão da clínica, permitindo que o médico concentre sua energia na assistência ao paciente. Tudo isso sem abrir mão da qualidade de vida no trabalho.

Nesse contexto, o Versatilis System é uma excelente solução para clínicas que buscam tecnologia aliada à segurança ocupacional. 

Desenvolvido para atender às necessidades específicas de médicos e profissionais da saúde, o sistema oferece funcionalidades que otimizam a rotina e promovem um ambiente mais seguro e produtivo para toda a equipe.

Quer conhecer na prática como o Versatilis System impacta a gestão da sua clínica e contribuir para a saúde ocupacional? Clique aqui e faça agora mesmo uma demonstração gratuita! 

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fácil, prático, versátil

A gestão da sua clínica não precisa ser complicada

Simplifique todos os processos com a solução mais moderna e eficiente do mercado.

WhatsApp