O código CID Q03.1 refere-se à atresia das fendas de Luschka e do forâmen de Magendie, condições congênitas que envolvem o acúmulo de líquido cefalorraquidiano devido à obstrução do fluxo normal do líquido no sistema ventricular e do espaço subaracnoide. Essas estruturas, localizadas na porção posterior do quarto ventrículo, normalmente permitem a circulação do líquor entre os ventrículos cerebrais e a medula espinhal. Quando há atresia ou fechamento dessas fendas, ocorre o bloqueio do fluxo do líquor, levando ao desenvolvimento de hidrocefalia, que é o aumento anormal do volume de líquor no crânio, podendo gerar aumento da cabeça, dores de cabeça, vômitos, convulsões e déficits neurológicos. O diagnóstico é baseado em exames de imagem como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada, que evidenciam a dilatação ventricular. O tratamento com derivação ventriculoperitoneal ou endoscopia busca aliviar a pressão intracraniana. A prevenção envolve o acompanhamento de gestantes com ultrassom pré-natal e investigação de condições genéticas ou ambientais que possam contribuir para anomalias congênitas do sistema nervoso central.