Mais da metade dos brasileiros não procuram médicos quando precisam devido à superlotação e demora no atendimento.
Uma pesquisa do Observatório de Saúde Pública mostrou que 62,3% dos brasileiros não procuram médicos quando precisam. O levantamento entrevistou 2.458 brasileiros entre agosto e setembro de 2024.
O principal motivo da falta de busca foi a superlotação e a demora no atendimento (46%), seguido por burocracia no encaminhamento (39,2%) e a prática da automedicação (35,1%).
Nesse sentido, o resultado da pesquisa aponta que a sobrecarga no sistema de saúde, tanto público quanto privado, é uma questão séria e leva à desistência na busca por médicos. Isso reforça a necessidade de melhorias na gestão dos serviços.
Além disso, a prática da automedicação também foi apontada como preocupante, pois pode levar ao uso incorreto de medicamentos e até ao agravamento dos quadros de saúde.
Tempo de atendimento é o principal motivo de queixa
Do mesmo modo, 57,6% dos respondentes tinham reclamações a respeito do tempo de espera para o atendimento. Esse dado evidencia a importância cada vez maior sobre a experiência do paciente.
Segundo Luciana Sardinha, diretora da Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Vital Strategies:
“Esses achados sugerem que persistem desafios importantes e estruturais que dificultam o acesso e a qualidade da Atenção Primária à Saúde. São necessárias melhorias que garantam investimentos contínuos e aprimoramento dos serviços para promover maior equidade no cuidado à saúde da população.”
Dentre os pontos positivos do estudo, estão a confiança no profissional, para 67,8% dos respondentes. Do mesmo modo, a oportunidade de questionar ou levantar preocupações a respeito do tratamento foi destaque para 64,4%.
Para Thais Junqueira, superintendente-geral da Umane:
“Fortalecer estes mecanismos para que a população busque cuidado oportunamente quando necessário e receba o atendimento que precisar é fundamental para termos um sistema de saúde mais eficiente e resolutivo.”
Saiba mais em: CNN Brasil.