Brasileira cria caneta que detecta câncer em segundos

Richard Riviere
23 de novembro de 2025
Seta apontando para baixo.
caneta que detecta cancer em segundos

Brasileira cria caneta que detecta câncer em segundos durante a cirurgia e promete tornar procedimentos oncológicos mais rápidos e precisos.

Uma inovação criada por uma cientista brasileira promete transformar a cirurgia oncológica. 

A química Lívia Schiavinato Eberlin, professora da Baylor College of Medicine, desenvolveu um dispositivo capaz de identificar se um tecido é saudável ou tumorais em apenas 10 segundos, diretamente na mesa cirúrgica.

A tecnologia, chamada MasSpec Pen, está sendo testada no Brasil pelo Hospital Israelita Albert Einstein, no primeiro estudo clínico realizado fora dos Estados Unidos.

Como funciona a MasSpec Pen?

A caneta é conectada a um espectrômetro de massas, equipamento que analisa moléculas e revela a “assinatura química” do tecido. Dessa forma, durante a cirurgia, o médico toca a ponta da caneta na área suspeita, liberando uma microgota de água estéril. 

Essa gota absorve compostos do tecido e é imediatamente analisada pelo aparelho.

Em segundos, o sistema compara o padrão químico com milhares de registros que a inteligência artificial já catalogou, indicando se o tecido é normal ou cancerígeno. Segundo a pesquisadora, o processo é rápido, não invasivo e não danifica o material.

Por que essa tecnologia é tão importante?

Hoje, a definição dos limites do tumor depende do exame de congelação, que pode levar de 20 a 90 minutos. Durante esse período, o paciente permanece anestesiado e a equipe aguarda o laudo do patologista. 

Porém, o método pode distorcer estruturas do tecido e gerar incertezas. Por outro lado, a MasSpec Pen promete resolver esse problema ao entregar a resposta no ato da cirurgia. 

Ou seja, ela pode reduzir tempo operatório, evitar remoções desnecessárias e diminuir o risco de deixar células cancerígenas para trás, um ponto crítico em tumores como pulmão, tireoide, mama e fígado.

Estudos clínicos e próximos passos

O Einstein acompanha 60 pacientes com câncer de pulmão e tireoide em um estudo de 24 meses. A tecnologia já demonstrou acurácia superior a 92% em cirurgias avaliadas anteriormente em pesquisa publicada na JAMA Surgery.

Assim, as próximas etapas incluem análises em tumores de mama, fígado e ovário. 

Os pesquisadores também avaliam se a caneta pode identificar o perfil imunológico do tumor, tecnologia que ajudaria a direcionar tratamentos como imunoterapia imediatamente após a cirurgia.

Segundo Lívia Eberlin, o objetivo é levar a MasSpec Pen à aprovação da FDA e, futuramente, da Anvisa, abrindo caminho para uso clínico em larga escala. 

Para ela, o impacto é duplo: avanço científico e afirmação da força da ciência brasileira no cenário global.

Saiba mais em: G1 Saúde

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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