Big Data na saúde: o que é, principais impactos e desafios

Richard Riviere
21 de fevereiro de 2023
Seta apontando para baixo.

Os avanços tecnológicos na medicina geram dados de forma cada vez mais rápida e em grande volume, seja por meio de prontuários eletrônicos, medicina de precisão, aplicativos de saúde, dispositivos vestíveis (smartwatches), entre outros.

Esse aumento expressivo no volume de dados apontam que o Big Data, conceito já utilizado na área da saúde, ficará mais forte nos próximos anos e deixará de ser uma tendência para virar uma realidade em todo o sistema de saúde. 

Um estudo divulgado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva aponta alguns dos benefícios desse movimento na saúde:

“Os assim chamados Big Data oferecem uma oportunidade aos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento para construírem sua própria base de conhecimento, a partir da qual podem desenvolver, avaliar continuamente e melhorar as diretrizes de prática clínica específicas para suas populações.”

Continue a leitura para entender mais sobre o Big Data na saúde, como ele funciona, seus benefícios e principais desafios. Acompanhe!

O que é Big Data na saúde?

O conceito de Big Data na saúde pode ter diferentes definições, dependendo do seu autor, mas normalmente refere-se a uma quantidade de dados suficientemente grande para que a análise desses dados precise romper com a forma tradicional de ler e entendê-los.

Ou seja, Big Data refere-se a conjuntos de dados tão grandes a ponto de não serem gerenciáveis pela interpretação humana sem o auxílio da tecnologia, como um processo computadorizado ou analítico de dados.

Um dos exemplos de processo computadorizado é o próprio machine learning, também conhecido como aprendizado de máquina, que por meio da inteligência artificial e algoritmos, identifica padrões em dados massivos e realiza análises preditivas.

Não é possível definir uma quantidade exata de dados que delimita o início de um Big Data, afinal, há algumas décadas atrás 600 observações poderiam levar dias para serem analisadas, hoje, centenas de milhares de observações podem ser lidas por inteligências artificiais em um dia.

Por isso, o ideal é entender que o Big Data exige, obrigatoriamente, um processo computadorizado para ler e analisar uma quantidade expressiva de dados, que não poderia ser feito apenas por seres humanos.

Principais vantagens do Big Data na saúde

O crescimento inegável do Big Data apresenta uma vantagem óbvia: a necessidade de especialistas na área. Atualmente, são poucos os profissionais qualificados que estão no mercado.

Assim como o conceito ganha popularidade, mais pessoas se interessam na especialização de ciência de dados, e a demanda por esses especialistas irá crescer cada vez mais nos próximos anos, principalmente na área da saúde.

Além disso, os profissionais de saúde que souberem aproveitar a oportunidade do Big Data, conseguirão estar em uma posição privilegiada de liderar projetos de pesquisas e terem o auxílio de análises quantitativas que falam sobre todo o sistema de saúde. 

No Brasil, por exemplo, é possível ver oportunidades de Big Data nos bancos de dados do Ministério da Saúde, como o Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), Cartão SUS, entre outros.

Principais áreas na saúde mais beneficiadas pelo Big Data

Medicina de precisão

A medicina de precisão, em inglês, precision medicine, visa oferecer uma medicina realmente personalizada e precisa para cada paciente, saindo do modelo “one size fits all” para um tratamento que leva em consideração todas as características do paciente.

O modelo “one size fits all é aquele usado atualmente na medicina, na qual os profissionais prescrevem os mesmos tratamentos e medicamentos para qualquer paciente que receba o mesmo diagnóstico de uma doença. 

A proposta da medicina de precisão é que, por meio de tecnologias como mapeamento genético, análise das características sócio-biológicas do paciente, Big Data, entre outros, seja possível prescrever os medicamentos e tratamentos mais eficientes para o paciente.

É um desafio atingir a precisão de 100%, devido à multicausalidade das doenças, porém, por meio do avanço do Big Data na saúde e outras tecnologias, é possível dobrar a eficácia atual de qualquer intervenção de saúde.

Prontuário eletrônico

O prontuário eletrônico é a versão digital do prontuário tradicional em suporte de papel. Ele pode ser acessado de qualquer lugar, a qualquer hora e consegue centralizar todos os dados do paciente em um único local, por meio de um software médico.

Ao invés de ter as informações dos pacientes de forma espalhada, como em salas de arquivos que ocupam um espaço físico importante da instituição, o ideal é ter todos os dados centralizados, o que facilita o uso do Big Data.

Se cada paciente tiver seu prontuário eletrônico único, ou seja, os profissionais de saúde podem ter acesso ao histórico completo do paciente, além de melhorar a eficácia do tratamento, também auxilia nas análises de Big Data.

Desafios do Big Data na saúde

Um dos maiores consensos em relação ao Big Data na saúde é que o grande desafio será a privacidade. Como ter uma imensa base de dados que fala sobre toda a população e, ao mesmo tempo, manter o sigilo médico e proteger a privacidade das pessoas?

Não precisamos ir no futuro para ver os riscos que a falta de segurança de dados proporciona, vemos cada vez mais casos que dados pessoais e confidenciais são roubados, sejam de sites da internet ou de instituições renomadas.

Para superar os obstáculos, todos os envolvidos na coleta, armazenamento e manutenção dos dados dos pacientes devem estar cientes da importância da privacidade e de seguir protocolos de segurança rígidos. 

Ou seja, os profissionais de saúde e as instituições não devem ver a segurança das informações como um gasto, mas como um investimento, seja em treinamentos, sistemas médicos confiáveis, auditorias, entre outros métodos.

Apesar de as incidências de vazamento de dados não serem completamente evitáveis, eles não devem ser uma barreira para as pesquisas com big data, pois elas são essenciais para o desenvolvimento do sistema de saúde no Brasil.

O avanço do conhecimento em saúde depende do Big Data, por isso, não deixe de estudar sobre o assunto e acompanhar as novidades. Para ver mais artigos como este, acompanhe nosso blog.

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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