Entender a qualidade do atendimento médico no Brasil te ajuda a garantir a satisfação e a confiança dos pacientes em sua prática clínica.
Existe atualmente uma grande complexidade do sistema de saúde, bem como desafios enfrentados pelos profissionais da área. Esses pontos tornam a questão da qualidade do atendimento ainda mais relevante.
Nesse sentido, é importante destacar que os pacientes formam as primeiras impressões sobre a qualidade da assistência a partir do momento que entram na clínica ou consultório.
Segundo um artigo da Revista de Administração de Empresas:
“A qualidade de serviços de cuidado à saúde abarca aquilo que possa aumentar uma medida abrangente de bem-estar do paciente, após considerar-se o balanço de ganhos e perdas esperados, intervenientes em todas as partes do processo.”
Neste conteúdo, iremos analisar a qualidade de atendimento no país, destacando desafios, percepções dos pacientes e as melhores práticas que você pode adotar para gerar uma experiência positiva.
Acompanhe!
Como está a qualidade da saúde no Brasil?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que falar sobre qualidade de saúde é um tema complexo, que envolve diversos fatores estruturais, econômicos e sociais.
Afinal, embora o país possua o Sistema Único de Saúde (SUS), que visa garantir o acesso universal e igualitário aos cuidados, ainda existem muitos desafios para serem enfrentados.
Veja alguns deles a seguir.
Desigualdades regionais
Uma das principais questões que afetam o país quando o tema é saúde é a disparidade regional. As regiões Nordeste e Norte, por exemplo, enfrentam maiores dificuldades de acesso a profissionais qualificados e recursos.
De acordo com dados da Demografia Médica de 2023:
A região Norte conta com 1,45 médicos por mil habitantes e o Nordeste com 1,93. Em comparação, o Sudeste apresenta 3,39 médicos por mil habitantes, seguido pelas regiões Centro-Oeste, com 3,10 e Sul com 2,4.
Desse modo, a distribuição inadequada e problemas com a infraestrutura são mais frequentes. Tudo isso impacta a qualidade do atendimento, resultando em longas filas de espera e na insatisfação dos pacientes.
Recursos e Infraestrutura
Do mesmo modo, os recursos e a infraestrutura também não são iguais em todo o país. Assim, enquanto algumas instituições contam com tecnologias e instalações modernas, outras sofrem com falta de manutenção e bons equipamentos.
Segundo uma pesquisa da Revista Brasileira de Terapia Intensiva:
O uso da prescrição e do prontuário eletrônico demonstrou-se predominante para 92,6% dos respondentes. Contudo, 43,1% trabalhavam em hospitais privados.
O prontuário eletrônico é apenas um exemplo, sendo a falta de recursos financeiros um obstáculo significativo para diversas instituições.
Consequentemente, podem acontecer situações de falta de leitos, demora na realização de exames e escassez de medicamentos.
Qualificação profissional
Outro aspecto importante é a qualificação dos profissionais de saúde.
Embora o corpo médico seja amplamente reconhecido por sua qualidade, a falta de especialistas em algumas regiões gera sobrecarga de trabalho e acaba afetando a qualidade do atendimento.
Em relação aos cursos e faculdades, o Ministério da Educação (MEC) notificou em março de 2024 seis instituições de ensino que ofertavam o curso de medicina sem a devida autorização.
Inovação e Tecnologia
Inovações tecnológicas são parte fundamental da medicina moderna, e vem colaborando com diagnósticos, cirurgias e tratamentos.
A adoção da telemedicina, por exemplo, mostra-se um recurso útil para lidar principalmente com a má distribuição dos profissionais. Por meio dela, pacientes do interior podem ter acesso a atendimento especializado sem se deslocar até os grandes centros.
No entanto, a adoção dessa e de outras tecnologias ainda enfrenta barreiras, como a falta de infraestrutura e a resistência à mudança por parte de alguns profissionais e instituições.
Como funciona o atendimento de saúde no Brasil?
De maneira geral, o sistema de saúde no Brasil conta tanto com a existência do setor público como do privado. Por isso, ele oferece diferentes formas de acesso e cobertura aos serviços.
Sistema Único de Saúde (SUS)
O SUS é a principal estrutura de atendimento público no país, sendo estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Seus princípios são a universalidade, integralidade e equidade, o que visa garantir o acesso gratuito e igualitário a todos os brasileiros.
Seus recursos provêm de governos estaduais e municipais, e ele é responsável por diversos serviços. Os serviços envolvem desde consultas até procedimentos complexos.
Também vale destacar que a estrutura do SUS consiste em 3 tipos de atenções: a primária, a secundária e a terciária.
A atenção primária é a porta de entrada para o sistema, sendo composta pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégia de Saúde da Família (ESF). Seu foco é na prevenção e atendimento básico.
Por outro lado, a atenção secundária abrange serviços mais especializados e diagnósticos. Tudo acontece em ambulatórios e hospitais de referência.
Já a atenção terciária diz respeito aos procedimentos de alta complexidade, como cirurgias e tratamentos intensivos. Dessa maneira, utiliza-se, para tanto, grandes hospitais.
Setor Privado
O setor privado do país conta com hospitais, clínicas e consultórios. Todos eles oferecem serviços que são pagos tanto pelos pacientes quanto pelos planos de saúde.
Segundo uma pesquisa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), apenas 25% dos entrevistados declararam estar cobertos por algum plano de saúde.
Mesmo com um alívio parcial do SUS, o acesso ao setor privado é restrito, o que acaba criando cenários de desigualdade no acesso à saúde.
Nesse sentido, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a responsável por definir as normas do setor e fiscalizar as operadoras.
Integração Público-Privada
Mesmo que operem de formas distintas, existem algumas áreas de integração entre o SUS e o setor privado.
Em alguns hospitais privados, por exemplo, onde a demanda do sistema público é maior do que a capacidade de atendimento, prestam-se serviços por meio de contratos e convênios.
As campanhas de vacinação também costumam ter o apoio das iniciativas privadas, o que acaba colaborando com o acesso para muitas pessoas.
O que dificulta o acesso à saúde no Brasil?
Ao longo do conteúdo, entendemos um pouco sobre a qualidade dos serviços e seu modo de funcionamento. Agora, iremos explorar as principais dificuldades que enfrentam tanto o setor público quanto o privado.
Para começar, de acordo com a pesquisa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) que mencionamos acima, os principais problemas de saúde que os entrevistados elencaram foram:
- A falta de médicos e enfermeiros (19,4%)
- Falta de medicamentos (9,5%)
- Demora no atendimento (8,3%)
- Faltam hospitais (8,3%)
- Demora na marcação de consultas (7%)
Ou seja, a falta de profissionais qualificados somada à má-distribuição ainda é um dos grandes desafios do país.
Além disso, podemos citar a escassez de recursos, o que resulta em falta de medicamentos, bem como demora nos atendimentos e na marcação de consultas.
A burocracia e a gestão ineficiente também se colocam como barreiras ao acesso à saúde. Devido a procedimentos administrativos completos, informações descentralizadas e falta de transparência, existe o comprometimento da eficiência na área.
Uma gestão inadequada ainda pode causar a má distribuição de medicamentos, equipamentos e pessoal. Tudo isso agrava os problemas de acesso e compromete a qualidade do atendimento.
Por fim, ainda podemos citar a falta de informação sobre direitos de saúde e serviços. Essa barreira impede que muitas pessoas procurem e utilizem os serviços de forma adequada.
O impacto da tecnologia no atendimento médico
A tecnologia vem sendo uma grande aliada para otimizar a qualidade do atendimento médico em diversos estabelecimentos.
Com um bom sistema médico, por exemplo, é possível contar com recursos como prontuário eletrônico, prescrição, agendamento online, lembretes de consulta e telemedicina.
Do mesmo modo, a gestão financeira é impactada, pois com um módulo de gestão os profissionais gerenciam melhor as contas e conquistam mais transparência.
Consequentemente, pode-se controlar melhor os recursos e medicamentos, entendendo a situação financeira da clínica ou consultório com informações centralizadas e seguras.
A telemedicina é outra grande aliada. Por meio dela, profissionais conseguem expandir o alcance de seus serviços e acompanhar pacientes mesmo em áreas remotas.
Todas essas facilidades aprimoram a experiência dos usuários e a gestão do trabalho dos profissionais de saúde.
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