Lei dos Planos de Saúde: o que é, como funciona e quais foram as mudanças

Richard Riviere
4 de novembro de 2023
Seta apontando para baixo.
médico sentado na mesa analisando um papel e com uma prancheta ao lado

A Lei dos Planos de Saúde tem um impacto direto na vida de muitos dos pacientes e, consequentemente, na prática médica.

A Lei dos Planos de Saúde, formalmente conhecida como Lei nº 9.656/1998, desempenha um papel de extrema relevância no cenário da saúde suplementar no Brasil. 

Nesse sentido, sabemos que o sistema de saúde é uma teia complexa, repleta de regulamentos e nuances que nem sempre são fáceis de compreender. 

E é por isso que estamos aqui hoje, para que você possa entender os planos de saúde, descobrindo como essa legislação funciona e, o mais importante, como isso afeta a vida daqueles que você atende diariamente. 

Vamos juntos explorar esse tema crucial para garantir um melhor entendimento e cuidado aos pacientes.

Acompanhe!

O que é a Lei dos Planos de Saúde?

A Lei dos Planos de Saúde, formalmente conhecida como Lei nº 9.656/1998, é um marco fundamental que regula os planos e seguros privados de assistência à saúde no Brasil. 

O seu principal propósito é estabelecer uma série de direitos e deveres tanto para as operadoras de planos de saúde quanto para os beneficiários, com o objetivo claro de assegurar um atendimento de qualidade e segurança a todos os envolvidos.

Nesse sentido, essa legislação trouxe consigo várias mudanças e regras essenciais que impactaram significativamente o cenário dos cuidados de saúde no país. Dentre as mais notáveis, destacamos:

Segmentação do plano

A criação do plano-referência de assistência à saúde definiu uma cobertura abrangente, incluindo assistência médico-ambulatorial, hospitalar, partos e tratamentos para todas as doenças listadas na CID-10, com exceções de cobertura. 

Além disso, introduziu a ideia de planos segmentados, fornecendo maior flexibilidade aos consumidores, permitindo escolher as coberturas de acordo com suas necessidades específicas.

Internação

Antes da Lei, os planos de saúde podiam impor limites de dias para internações e prazos de carência prolongados, excluindo frequentemente coberturas essenciais, como o tratamento do câncer. 

No entanto, a nova regulamentação garante internação hospitalar pelo tempo necessário à recuperação do paciente, sem limitações arbitrárias.

Rol de procedimentos

O rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar, atualizado pela ANS, estabelece a base para os planos privados de assistência à saúde.

Além disso, ele impede a variação para consumidores com mais de sessenta anos que participam dos produtos há mais de dez anos.

Prazos de atendimento

A lei determina que as operadoras devem definir prazos máximos para o atendimento pelos prestadores de serviços de saúde, variando de acordo com a gravidade do caso e o tipo de atendimento necessário.

Reajuste dos planos

Os reajustes dos planos individuais e familiares agora requerem autorização da ANS e estão limitados a um percentual máximo anual. Esse percentual é calculado com base na variação das despesas médicas das operadoras e no aumento da utilização dos serviços.

Além desses pontos cruciais, a Lei dos Planos de Saúde também estabelece requisitos rigorosos para as operadoras, como a constituição de reservas técnicas e a manutenção de uma rede de prestadores de serviços adequada para os beneficiários. 

A lei ainda assegura o direito de manutenção como beneficiário, sob as mesmas condições de cobertura assistencial do contrato original, a empregados demitidos ou aposentados involuntariamente, desde que assumam o pagamento integral do plano.

Esta legislação tem sido um divisor de águas na proteção dos direitos dos pacientes e na regulação do setor de saúde suplementar, proporcionando mais segurança e transparência para médicos e beneficiários. 

Portanto, é fundamental que todos os profissionais da saúde estejam bem informados sobre a Lei dos Planos de Saúde, uma vez que ela molda diretamente a prática clínica e o bem-estar dos pacientes.

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Qual é a importância da Lei dos Planos de Saúde?

A missão fundamental da Lei dos Planos de Saúde é estabelecer um conjunto de regras e direitos que beneficiam tanto as operadoras de planos de saúde quanto os próprios beneficiários. 

Dessa forma, é possível assegurar um atendimento de alta qualidade e segurança! 

Destacamos aqui os principais aspectos que conferem a esta legislação a sua importância ímpar:

Uniformidade nos contratos de planos de saúde

A lei introduz a noção de uniformidade nos contratos, segmentando os serviços oferecidos e estabelecendo regras mais precisas para os reajustes de preços. 

Isso promove uma maior clareza e previsibilidade nos acordos entre operadoras e beneficiários.

Regras e diretrizes detalhadas

A legislação estipula regras para entrada e exclusão de beneficiários, prestação de contas, definição da cobertura mínima do plano de saúde, políticas de reembolso, renovação automática dos planos e prazos de carência para atendimento. 

Essas normas garantem que tanto os beneficiários quanto as operadoras atuem com transparência e responsabilidade.

Asseguração de internação hospitalar

A lei assegura que a internação hospitalar ocorra pelo tempo necessário à recuperação do paciente, sem estabelecer limites de dias. Isso é de suma importância para garantir que o tratamento seja conduzido da maneira mais eficaz, sem interferências arbitrárias.

Prazos de atendimento regulamentados

Estabelece prazos máximos para o atendimento pelos prestadores de serviços de saúde. Isso assegura que os pacientes recebam cuidados no tempo apropriado, levando em consideração a gravidade do caso.

Reajuste controlado

A lei limita o reajuste dos planos individuais e familiares a um percentual máximo anual, calculado com base na variação das despesas médicas das operadoras e no aumento da utilização. Isso contribui para a estabilidade dos custos para os beneficiários.

Regulamentação da ANS

A lei possibilita a fiscalização dos planos de saúde pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o que confere maior segurança e garantias para os beneficiários em relação à qualidade dos serviços oferecidos.

A Lei dos Planos de Saúde também concede diversos direitos aos beneficiários. Por exemplo, garante a manutenção como beneficiário nas mesmas condições de cobertura assistencial que existiam durante o contrato de trabalho.

Assim, mantém-se os empregados demitidos ou aposentados involuntariamente, desde que assumam o pagamento integral do plano

Além disso, proíbe que os planos de saúde recontem o período de carência já cumprido pelo cliente, especialmente nos casos de atraso de mensalidades.

Em resumo, a Lei dos Planos de Saúde desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade e segurança no atendimento aos beneficiários e estabelece diretrizes claras para as operadoras de planos de saúde.

Dessa maneira, ele promove um ambiente mais justo e transparente para todos os envolvidos no setor de saúde suplementar.

Quais foram as últimas normas criadas no setor de saúde privada?

Nos últimos anos, importantes normas foram estabelecidas no setor de saúde privada, impactando diretamente o acesso e a qualidade dos serviços de saúde no Brasil. Dentre essas regulamentações, destacam-se:

  1. Portaria n.º 3, de 2010: essa regulamentação publicou a relação de auditores das operadoras de planos e seguros de saúde, contribuindo para uma maior transparência e fiscalização das atividades dessas empresas;
  1. Resolução nº 387, de 2015: responsável por incluir novas coberturas obrigatórias para os planos de saúde, como tratamento para a hepatite C, realização de exames preventivos para a detecção do câncer de próstata e a inclusão de medicamentos orais para o tratamento do câncer;
  1. Lei nº 14.454 de 2022: essa lei trouxe uma mudança significativa ao determinar a extinção das limitações em relação aos procedimentos médicos e odontológicos oferecidos pelos planos de saúde. Agora, exames, tratamentos, terapias e medicamentos não previstos na lista da Agência Nacional de Saúde (ANS) têm cobertura obrigatória pelas operadoras. 

Em especial, a Lei nº 14.454 de 2022 teve um impacto significativo ao ampliar a cobertura dos planos de saúde no Brasil

Afinal, a extinção do rol taxativo para exames, tratamentos, terapias e medicamentos representa um avanço importante, garantindo um acesso mais amplo e abrangente aos cuidados de saúde.

Desse modo, pode-se evitar a descontinuidade de tratamentos médicos, especialmente para pacientes com necessidades específicas. 

Essa regulamentação promove um sistema de saúde mais inclusivo, permitindo uma melhoria substancial na qualidade de vida de muitos pacientes.

Como escolher um bom convênio para sua clínica?

Selecionar o convênio médico adequado para a sua clínica é uma decisão estratégica essencial que impacta diretamente no sucesso do seu negócio. 

Para ajudar nessa importante escolha, apresentamos a seguir algumas diretrizes que podem simplificar o processo:

Avaliação das necessidades da clínica

O primeiro passo é uma análise minuciosa das necessidades específicas da sua clínica em relação à cobertura do convênio. 

Certifique-se de que o plano contempla as especialidades médicas oferecidas pela clínica e abrange os procedimentos realizados. Isso é crucial para garantir um atendimento eficaz aos seus pacientes.

Pesquisa das operadoras disponíveis

Realize uma pesquisa das operadoras de convênio médico que atuam na região onde a sua clínica está localizada. 

Explore as opções de planos oferecidos por cada operadora e avalie se estão alinhados com as necessidades da sua clínica, considerando a abrangência geográfica da operadora e a sua rede de prestadores.

Tipos de convênios possíveis

Existem diferentes tipos de convênios médicos, como planos individuais, familiares, empresariais e por adesão. 

Compreenda as peculiaridades de cada modalidade e escolha aquela que melhor se adapta à estrutura e público da sua clínica. É importante que essa escolha seja estratégica e alinhada com os objetivos do negócio.

Análise de valores e coberturas

Faça uma comparação criteriosa dos valores e das coberturas oferecidas pelos diversos convênios médicos. 

Depois, certifique-se de que o custo do plano seja compatível com a capacidade financeira da clínica, e de que a cobertura seja suficiente para atender às necessidades dos seus pacientes

Lembre-se de que o equilíbrio entre custo e benefício é fundamental.

Reputação da operadora

A reputação da operadora de convênio médico é um fator crucial. Pesquise sobre a qualidade do atendimento prestado, a satisfação dos clientes atendidos por ela e a sua estabilidade financeira. 

Opiniões de outros profissionais de saúde que trabalham com a mesma operadora podem ser valiosas para embasar sua decisão.

Em resumo, a escolha do convênio médico ideal para a sua clínica exige uma abordagem cuidadosa, que leve em consideração as necessidades específicas do seu estabelecimento, as opções de mercado, os custos e a reputação das operadoras. 

Ao seguir essas diretrizes, você estará melhor preparado para tomar uma decisão informada que contribuirá para o sucesso da sua clínica e para a satisfação dos seus pacientes

Essa escolha estratégica pode ser um dos pilares do crescimento sustentável do seu negócio na área da saúde.

A importância do sistema médico para as clínicas e consultórios

Um sistema médico desempenha um papel crucial para clínicas e consultórios, contribuindo de maneira significativa para a eficiência e qualidade dos serviços de saúde. 

Isso porque ele permite a organização de informações dos pacientes, agendamento de consultas, e registro de históricos médicos. Também é possível emitir receitas, controlar o estoque de medicamentos, faturamento e muito mais. 

Além disso, um sistema médico bem implementado aumenta a segurança dos dados, otimiza a comunicação entre profissionais de saúde e proporciona um atendimento mais ágil e eficaz. 

Em resumo, o sistema médico é uma ferramenta fundamental que aprimora a gestão e a prestação de serviços nas clínicas e consultórios, resultando em um atendimento mais eficiente e seguro para os pacientes.

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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