O imposto de renda para médicos pode ser um processo difícil e burocrático para quem não sabe como começar, mas com as informações certas, você conseguirá fazer sua declaração sem cometer erros.
Para a declaração do Imposto de Renda 2023, o início será em 15 de março e o final em 31 de maio, tendo como base a mesma tabela do Imposto de Renda de 2022, com a faixa de isenção até R$ 1.903,98.
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Como o imposto de renda para médicos funciona?
O imposto de renda para médicos possui os mesmos prazos que demais profissões, mas com algumas singularidades. Veja as principais informações que devem constar na sua declaração a seguir.
- Código da natureza de ocupação do profissional da saúde: tem como função identificar sua forma de trabalho. Profissionais liberais ou autônomos têm o código 11.Se você é proprietário de uma empresa, seu código é 12;
- Código referente à ocupação principal: para médicos, o código é 225;
- Número do Registro Profissional: seu número do CRM;
- Rendimentos de investimentos;
- Dívidas contraídas;
- Bens adquiridos;
- CPF do cônjuge;
- CPF dos dependentes;
- Informe de rendimentos do pró-labore e retiradas de lucro.
Dicas para declarar o imposto de renda para médicos corretamente
Declare os plantões
Muitos médicos ficam em dúvida se é preciso declarar os plantões. Sim, você deve declarar os plantões médicos, pois eles configuram como um tipo de remuneração, logo, se encaixam na exigência do imposto de renda, como o próprio nome diz.
Também é preciso ter os dados da fonte pagadora dos serviços, por isso, não deixe de deixar isso registrado ao longo do ano, como em uma posta do seu computador com todos os holerites dos seus plantões.
Atente-se para bolsas de estudos
Talvez você ache esta informação contraditória, mas as bolsas de estudos, apesar de serem um tipo de provento, são isentas do imposto de renda.
Segundo o artigo 26 da Lei nº 9.250/1995, o rendimento proveniente de bolsas de estudo é caracterizado como doação. Mas ainda assim ele deve estar constando no seu imposto de renda, apenas não influenciará no imposto a ser pago, caso exista.
Para registrar uma bolsa de estudo, é só cadastrá-la na aba de “Rendimentos Isentos”. Você também precisa declarar os dados da fonte pagadora.
Informe os CPFs dos pacientes
Como você já deve imaginar, o imposto de renda de médicos tem singularidades que diferem de outras profissões. Uma delas é a necessidade de informar para a Receita Federal os CPFs dos pacientes que realizaram pagamentos no ano-calendário.
Essa norma existe desde 2016 e deve ser feita mesmo que os rendimentos sejam isentos, por isso, fique atento.
Essa exigência existe para facilitar o cruzamento de dados realizado pela Receita Federal. O órgão cruza o que foi declarado como despesa pelo paciente com a declaração do médico e verifica se ambas as informações conferem.
Dessa forma, a Receita Federal evita fraudes e agiliza a conferência dessas informações.
Considere a doação de um percentual do imposto a ser pago
Sabia que você pode doar até 6% do seu imposto para uma das instituições sem fins lucrativos cadastradas na Receita Federal? O repasse é feito até dia 31/12 e é uma opção pouco conhecida e utilizada pela maioria da população.
Depois do dia 31/12 ainda é possível doar um percentual do imposto a ser pago, porém ele vai apenas até 3%. Independentemente do percentual, ao invés de direcionar todo o imposto para o governo, você contribui para uma causa social de sua escolha.
Caso você já tenha uma instituição em mente, você pode verificar se ela está cadastrada na Receita Federal.
Lembre-se dos gastos a serem deduzidos
Sim, o imposto de renda é um processo burocrático e pode até mesmo parecer injusto, mas ele não traz apenas dor de cabeça. Você pode ter despesas deduzidas e até mesmo receber um valor de volta!
Entretanto, você precisa lembrar de declarar os gastos que podem ser deduzidos. Veja a seguir uma lista de custos que podem ser abatidos do seu imposto:
- Despesas fixas da clínica, como conta de luz, água, aluguel, telefone, condomínio, entre outras;
- Encargos sobre a contratação de funcionários registrados na clínica;
- Compra de materiais, tanto para consumo quanto de escritório;
- Investimentos em marketing médico;
- Pagamento do Conselho de Classe e sindicatos.
O ideal é conferir com um contador de confiança quais despesas suas podem ser descontadas do imposto. É um “pulo do gato” importantíssimo para reduzir seu imposto ou receber o valor de volta, não concorda?
Separe os documentos ao longo do ano
Como você já deve ter notado ao longo do artigo, declarar o imposto de renda envolve uma série de documentos. Você vai precisar dos seus holerites, informações sobre seus bens, dados de suas fontes de pagadoras, CPFs dos pacientes, entre outros dados.
Tentar coletar todas essas informações antes do final de abril de uma vez dá muito trabalho e, provavelmente, você ou seu contador terão algum tipo de erro, porque são muitas informações e pouco tempo.
Ou seja, a melhor dica que você pode seguir é separar esses documentos ao longo do ano. Tenha uma pasta com seus holerites, um documento com os dados das suas fontes pagadoras, assim por diante.
Com esses documentos organizados em pastas, seu contador terá muito menos trabalho ao declarar seu imposto de renda, e todo o processo ficará menos suscetível a erros.
Conte com um sistema médico com controle financeiro
Como coletar rapidamente os CPFs de todos os pacientes que realizaram um pagamento para você ou a sua clínica no ano passado?
Mesmo que você separe os documentos de forma organizada ao longo do ano, fazer isso de forma totalmente manual levará um tempo considerável, não acha?
A dica é ter um sistema médico que automatize sua gestão financeira e facilite a declaração do seu imposto de renda. Um sistema com cadastro, ficha e prontuário do paciente torna a coleta dos CPFs mais prática, por exemplo.
Se o software tiver outras soluções como fluxo de caixa, relatórios financeiros, relatórios TISS, controle de estoque, cadastro da conta bancária, entre outras, seu controle será ainda melhor!
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