Bebê recebe a 1ª edição genética para doença rara

Richard Riviere
25 de maio de 2025
Seta apontando para baixo.
bebe recebe edição genética

Bebê recebe a 1ª edição genética para doença rara nos EUA. O tratamento com CRISPR individual pode ter salvado sua vida. 

O bebê KJ nasceu com uma doença incurável, rara e potencialmente fatal. Isso porque suas duas cópias do gene que codifica a enzima do fígado CPS1 herdaram mutações. 

Sem a produção dessa enzima, acumula-se amônia no sangue após o metabolismo das proteínas, e mais de 50% das crianças nascidas com essa deficiência falecem. 

No entanto, pesquisadores do Hospital Infantil da Filadélfia, nos EUA, sugeriram um tratamento de edição genética personalizada para ajudar o bebê. 

Assim, KJ recebeu uma pequena dose do tratamento aos 6 meses, em fevereiro de 2025. Após isso, recebeu doses maiores em março e abril. Mesmo que seja cedo para afirmar que a intervenção deu certo, KJ apresenta os primeiros benefícios da terapia. 

Qual é a situação do bebê KJ neste momento?

O bebê é a primeira pessoa a receber uma terapia pessoal e única de CRISPR, que é uma técnica de edição genética que consiste em recortar partes específicas do DNA.

Com a pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine, os pesquisadores esperam que os resultados possam inspirar os demais a tentar novas terapias de edição de gene personalizadas.

Segundo Arkasubhra Ghosh, que estuda terapia genética no Narayana Nethralaya Eye Hospital in Bengaluru, na Índia:

“Este é o futuro de todas as terapias genéticas e celulares. É realmente excitante!”

Os desenvolvedores da pesquisa, Kiran Musunuru e Rebecca Ahrens-Nicklas, já trabalhavam em edição genética para problemas no fígado. Por isso, desenvolveram rapidamente uma terapia para KJ.

A técnica fez a correção em uma das cópias dele do gene CPS1. Hoje, após o tratamento e com 10 meses, KJ consegue comer mais proteínas do que antes e está ingerindo doses menores de remédios para controlar sua condição. 

Um dos maiores entraves para esse tipo de terapia é o preço. No caso de KJ, a maioria das empresas trabalhou de graça, mas uma abordagem pessoal é mais cara do que terapias universais.

Ainda assim, o desenvolvimento de pesquisas na área é o único caminho para baratear essas terapias, que com certeza irão revolucionar a medicina do futuro. 
Leia mais em: Super Interessante.

Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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